quarta-feira, 20 de maio de 2009

ESPORTES PARA DEFICIENTES

O Esporte Adaptado

A realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil e no mundo revela poucas oportunidades para engajamento em atividades esportivas, seja com objetivo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regular.

A prática de atividade física e/ou esportiva por portadores de algum tipo de deficiência, sendo esta visual, auditiva, mental ou física, pode proporcionar dentre todos os benefícios da prática regular de atividade física que são mundialmente conhecidos, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social do indivíduo.

As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos portadores de deficiências físicas como os portadores de seqüelas de poliomielite, lesados medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros, possui valores terapêuticos evidenciado benefícios tanto na esfera física quanto psíquica.

Quanto ao físico, pode-se ressaltar ganhos de agilidade no manejo da cadeira de rodas, de equilíbrio dinâmico ou estático, de força muscular, de coordenação, coordenação motora, dissociação de cinturas, de resistência física; enfim, o favorecimento de sua readaptação ou adaptação física global (Lianza, 1985; Rosadas, 1989 e Souza, 1994). Na esfera psíquica, podemos observar ganhos variados, como a melhora da auto-estima, integração social, redução da agressividade, dentre outros benefícios ( Alencar, 1986; Souza, 1994; Give it a go, 2001).

A escolha de uma modalidade esportiva pode depender em grande parte das oportunidades que são oferecidas aos portadores de deficiência física, da sua condição sócio-econômica, das suas limitações e potencialidades, da suas preferências esportivas, facilidade nos meios de locomoção e transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo familiar, de profissionais preparados para atende-los, dentre outros fatores.

Diversos autores como Guttman (1976b), Seaman (1982), Lianza (1985), Sherrill (1986), Rosadas (1989), Souza (1994), Schutz (1994) e Give it a go (2001), e ressaltam que os objetivos estabelecidos para as atividades físicas ou esportivas para portadores deficiência, seja esta física mental, auditiva ou individual devem considerar e respeitar as limitações e potencialidades individuais do aluno, adequando as atividades propostas a estes fatores, bem como englobar objetivos, dentre outros:

  • Melhoria e desenvolvimento de auto-estima, autovalorização e auto-imagem;

  • o estímulo à independência e autonomia;

  • a socialização com outros grupos;

  • a experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações;

  • a vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração;

  • a melhoria das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);

  • melhoria na força e resistência muscular global;

  • ganho de velocidade;

  • aprimoramento da coordenação motora global e ritmo;

  • melhora no equilíbrio estático e dinâmico;

  • a possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição;

  • prevenção de deficiências secundárias;

  • promover e encorajar o movimento;

  • motivação para atividades futuras;

  • manutenção e promoção da saúde e condição física

  • desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária

  • desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.

Os jogos organizados sobre cadeira de rodas forma conhecidos após a Segunda Guerra Mundial, onde esta tragédia na história da humanidade fez com que muitos dos soldados que combateram nas frentes de batalha voltassem aos seus países com seqüelas permanentes. Porem este evento, terrível, proporcional ao portador de deficiência, melhores condições de vida, pois os deficientes pós-guerra eram heróis e tinham o respeito da população por isto, bem como uma preocupação governamental (Guttman, 1981, Adms e col., 1985; Alencar, 1986 Cidade e Freitas, 1999).

O pós-guerra, de acordo com Assumpção (2002), criou uma situação emergencial, onde a construção de centros de reabilitação e treinamento vocacional, em todo o mundo foi extremamente necessária. Os programas de reabilitação destes diferentes centros perceberam que os esportes eram um importante auxiliar na reabilitação dos veteranos de guerra que adquiriram algum tipo de deficiência.

As atividades desportivas foram introduzidas em programas de reabilitação pelo Dr. Ludwig Guttmann no Centro de Reabilitação de Stoke Mandeville no ano de 1944, como parte essencial no tratamento médico de lesados medulares, auxiliando na restauração e manutenção da atividade mental e na autoconfiança (Guttmann, 1981).

Concordando com o Dr. Guttmann, Sarrias (1976), ressalta que o esporte pode ser um agente fisioterapêutico atuando eficazmente na reabilitação social e psicologia do portador de deficiência, não devendo ser considerada apenas como uma atividade recreativa.

Os jogos paraolímpicos aconteceram oficialmente em 1960 em Roma, sendo instituída pela Organização Internacional de Esportes a realização dos Jogos Paraolímpicos após a realização das Olimpíadas (Alencar, 1986).

Souza (1994), enfatiza que o esporte adaptado deve ser considerado como uma alternativa lúdica e mais prazerosa, sendo este parte do processo de reabilitação das pessoas portadoras de deficiências físicas.

A ACMS (1997), relata que um programa de atividades físicas para os portadores de deficiência física devem observar a princípio se a adaptação dos esportes ou atividades mantendo os mesmos objetivos e vantagens da atividade e dos esportes convencionais, ou seja, aumentar a resistência cardio-respiratória, a força, a resistência muscular, a flexibilidade, etc. Posteriormente, observar se esta atividade possui um caráter terapêutico, auxiliando efetivamente no processo de reabilitação destas pessoas.

Um outro ponto a considerar na elaboração de atividades para os portadores de necessidades educativas especiais, em destaque aqui o portador de deficiência física, é a necessidade de adaptação dos materiais e equipamento, bem como a adaptação do local onde esta atividade será realizada.

A redefinição dos objetivos do jogo, do esporte ou da atividade se faz necessário, para melhor adequar estes objetivos às necessidades do processo de reabilitação. Assim como reduzir ou aumentar o tempo de duração das atividades, mas sempre com a preocupação de manter os objetivos iniciais atingíveis.

A realização de atividades físicas, esportivas e de lazer com deficientes, tem que respeitar todas as normas de segurança, evitando novos acidentes, deve-se estar atento a todos os tipos de movimentos a serem realizados, auxiliar o deficiente sempre que necessário, e estimular sempre o desenvolvimento da sua potencialidade.

Modalidades Esportivas

As modalidades esportivas para os portadores de deficiências físicas são baseadas na classificação funcional e atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades olímpicas são o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação, futebol, halterofilismo, iatismo, natação, rugby, tênis de campo, tênis de mesa, tiro e voleibol ( ABRADECAR, 2002). Apresentaremos algumas das modalidades esportivas, as mais conhecidas, que podem ser praticadas pelos deficientes físicos, sendo:

Arco e flecha: Esta modalidade esportiva pode ser praticada por atletas andantes como amputados ou por atletas usuários de cadeiras de rodas como os lesados medulares. Todas as deficiências físicas podem participar desta modalidade esportivas, respeitando estas duas categorias, em pé e sentado. A participação em competições e o sistema de resultados são semelhantes à modalidade convencional olímpica.

Atletismo: As provas de atletismo podem ser disputadas por atletas com qualquer tipo de deficiência em categorias masculina e feminina, pois os atletas são divididos por classes de acordo com o seu grau de deficiência, que competem entre si nas provas de pistas, campo, pentatlo e maratona. Esta é uma modalidade esportiva que sofre freqüentes modificações, visando possibilitar melhores condições técnicas para o desenvolvimento desta modalidade.

Basquetebol sobre rodas: é jogado por lesados medulares, amputados, e atletas com poliomielite de ambos os sexos. As regras utilizadas são similares à do basquetebol convencional, sofrendo apenas algumas pequenas adaptações.

Bocha: Esta modalidade esportiva foi adaptada para paralisados cerebrais severos. O objetivo do consiste em lançar as bolas o mais perto possível da bola branca.

Ciclismo: Neste esporte participam atletas paralisados cerebrais, cegos com guias e amputados nas categorias masculina e feminina, individual ou por equipe. Pequenas alterações foram realizadas nas regras do ciclismo convencional, melhorando a segurança e a classificação dos atletas de acordo com sua deficiência, possibilitando adaptações nas bicicletas. Os atletas participam de provas de estrada, velódromo e contra-relógio.

Equitação: Os deficientes físicos participam deste esporte apenas na categoria de habilidades. Para esto é necessário analisar os possíveis deficientes que podem participar.

Esgrima: Este esporte é praticado por atletas usuários de cadeira de rodas como os lesados medulares, amputados e paralisados cerebrais em categorias masculina ou feminina. Estes atletas participam das modalidades de espada, sabre e florete, sendo provas individuais ou por equipes. Para participação em eventos competitivos todos os atletas são presos ao solo, possuindo os movimentos livres para tocar o corpo do adversário.

Futebol: Nesta modalidade esportiva, sendo que o atleta portador de paralisia cerebral compete na modalidade de campo e o atleta amputado compete na modalidade de quadra. Alterações nas regras como o número de jogadores, largura do gol e da marca do pênalti estão presente.

Halterofilismo: Esta modalidade esportiva é aberta a todos os atletas portadores de deficiência física do sexo masculino e feminino. A divisão de acordo com o peso corporal em 10 categorias.

Iatismo: Todos os atletas deficientes podem participar, as modificações são realizadas apenas no equipamento e na tripulação, não havendo alterações nas regras da competição.

Lawn Bowls: é um esporte similar a Bocha, sendo este aberto à participação de todas os portadores de deficientes físicas.

Natação: As regras são as mesmas da natação convencional com adaptações quanto as largadas, viradas e chegadas. As provas são variados e os estilos abrangem os estilos oficiais. As competições são realizadas entre atletas da mesma classe. Podem participar desta modalidade esportiva portadores de qualquer deficiência, sendo agrupados os portadores de deficiência visual e os demais.

Racquetball: Este esporte pode ser praticado por atletas paralisados cerebral, é possui características similares ao tênis de mesa.

Rugby em cadeira de rodas: Esta modalidade foi adaptada para lesados medulares com lesões altas - tetraplégicos - que realizam um jogo com bola de voleibol com objetivo de marcar pontos ao fazer com que a bola ultrapasse uma determinada linha no fundo da quadra.

Tênis de campo: Esporte realizado em cadeiras de rodas, independente do tipo de deficiência física que o atleta possua nas categorias masculina e feminina. As regras sofrem apenas uma adaptação em relação ao tênis de campo convencional, sendo esta que a bola pode quicar duas vezes, a primeiro pingo deverá ser dentro da quadra. As categorias são: masculino e feminino, individual e em duplas.

Tênis de mesa: Deficientes físicos como o lesado cerebral, lesado medular, amputados ou portador de qualquer tipo de deficiência física pode-se participar desta modalidade esportiva, onde as provas são realizadas em pé ou sentado. As provas podem ser realizadas em duplas e individuais, sendo a classificação de acordo com o nível de deficiência. As regras sofrem poucas modificações, em relação ao tênis de mesa convencional.

Tiro ao alvo: Esporte aberto a atletas com qualquer tipo de deficiência física do sexo masculino ou feminino, nas categorias sentado e em pé. As equipes podem possuir atletas de ambos os sexos e diferentes tipos de deficiência física. As provas podem ser realizadas utilizando pistola ou carabina.

Voleibol: Poderá ser praticado por atletas Lesados medulares que participaram da modalidade de voleibol sentado e os amputados, que participarão desta modalidade em pé.

Comentario final

A participação de portadores de deficiência física em eventos competitivos no Brasil e no mundo vem sendo ampliada. Por serem um elemento ímpar no processo de reabilitação, as atividades físicas e esportivas, competitivas ou não devem ser orientadas e estimuladas, visando assim possibilitar ao portador de deficiência física, mesmo durante seu programa de reabilitação alcanças os benefícios que estas atividades podem oferecer, visando uma melhor qualidade de vida.


HANDBALL ADAPTADO






terça-feira, 19 de maio de 2009

VIDEOS

Por que correr ? (motivação)



Alongamento para corrida





TREINAMENTO FÍSICO MILITAR (VIDEO)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

ESPORTES RADICAIS


ACQUA RIDE
O Acqua Ride é um esporte genuinamente brasileiro, que consiste em descer corredeiras, deitado de peito em um bote de raipalon, usando as mãos como remos e lemes.

ACROBACIA
A acrobacia aérea é, sem dúvidas, um dos mais belos esportes radicais, tanto pela sua plasticidade quanto pela dificuldade. Até porque são poucos os que conseguem pilotar um avião com tanta perícia e habilidade. O esporte sempre atrai multidões para as suas apresentações. Misturando a técnica com a audácia e a arte com a adrenalina, a acrobacia aérea conquista qualquer um a primeira vista.

AEROMODELISMO
O aeromodelismo é um dos esportes que reune emoção e ciência. Muitos estudos apontam o aeromodelismo como uma poderosa arma para desenvolver o raciocínio e a destreza. O fascínio que a aviação exerce sobre as pessoas talvez explique o imenso sucesso que o aeromodelismo tem, pois através das réplicas ou de próprios modelos construídos todos podem ser pilotos, mesmo com os pés no chão.

ARVORISMO
O arvorismo reúne técnicas verticais como a tirolesa, rapel guiado, pontes e escadas que são atravessadas durante todo o trajeto, interligando as árvores umas às outras e formando um circuito onde o nível de concentração deve ser muito elevado. O circuito de arvorismo usa as árvores em ancoragens, montagens de pontes dinâmicas de corda e madeira, teias de cordas onde os participantes podem "aranhar", pontes de cordas com troncos contínuos, toco loco, puleirinho - enfim, estruturas montadas cuidadosamente entre as árvores, todas suspensas e amarradas em cordas para dar a sensação de "balança, mas não cai".

ASA DELTA
O vôo livre vem colorindo os céus do Brasil há quase 30 anos. Do primeiro vôo no Alto do Corcovado, até hoje, muito se passou. O esporte cresceu, ganhou notoriedade e popularidade. A arte de domar os ventos proporciona a quem pratica uma sensação única de liberdade. Quem nunca quis poder voar como os pássaros? Pois é, quem faz asa delta sabe muito bem como é isso. Desde a mitologia com Édipo, a humanidade tentou buscar essa conquista. Agora que conseguimos, por que você vai ficar de fora?

BALONISMO
Ficar mais próximo do céu. É essa a sensação que o balonismo proporciona aos praticantes do esporte. A eterna vontade do homem de conquistar o céu ganhou força e hoje em dia é uma realidade. Toda a evolução das técnicas de vôo fez com que a utilização do balão ficasse segura e, quem quer se aventurar tem toda a certeza de que vai apenas curtir o passeio, sem nenhum risco.

BIKE
A bike é com certeza um dos meios de locomoção mais conhecidos e utilizados em todo o mundo. A criatividade dos ciclistas misturada com a evolução das bikes fez nascer várias modalidades de esportes radicais.O ciclismo, o mountain-bike e o bmx são algumas das categorias do esporte. O tipo dos equipamentos muda de acordo com as exigências de cada modalidade, mas o princípio é sempre o mesmo: pedalar.

SOBRE A EDUCAÇÃO FÍSICA


SOBRE A EDUCAÇÃO FÍSICA

O exercício do profissional de Educação Física, conforme o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF é pleno nos serviços à sociedade, no âmbito das atividades físicas e desportivas, em suas diversas manifestações e objetivos. Ele atua como autônomo e/ou em Instituições e órgãos públicos e privados de prestação de serviços em atividade física, desportiva e/ou recreativa e em quaisquer locais onde possam ser ministradas atividades físicas, tais como: instituições de administração e prática desportiva, instituições de educação, escolas empresas, centros e laboratórios de pesquisa, academias, clubes, associações esportivas e/ou recreativas, hotéis, centros de recreação, centros de lazer, condomínios, centros de estética, clínicas, instituições e órgãos de saúde, “SPAS”, centros de saúde, hospitais, creches, asilos, circos, centros de treinamento desportivo, centro de treinamento de lutas, centros de treinamento de artes marciais, grêmios desportivos, logradouros públicos, praças, parques, na natureza e outros onde estiverem sendo aplicadas atividades físicas e/ou desportivas.




A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
Os índios - No Brasil colônia - Os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atraz da caça, lançar, e o arco e flecha. Na suas tradições incluem-se as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da guerra e da paz, os casamentos etc. Entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Sabe-se que os índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo.
Os negros e a capoeira - Sabe-se que vieram para o Brasil para o trabalho escravo e as fugas para os Quilombos os obrigava a lutar sem armas contra os capitães-do-mato, homens a mando dos senhores de engenho que entravam mato a dentro para recapturar os escravos. Com o instinto natural, os negros descobriram ser o próprio corpo uma arma poderosa e o elemento surpresa. A inspiração veio da observação da briga dos animais e das raízes culturais africanas. O nome capoeira veio do mato onde entrincheiravam-se para treinar.
"Um estranho jogo de corpo dos escravos desferindo coices e marradas, como se fossem verdadeiros animais indomáveis". São algumas das citações de capitães-do-mato e comandantes de expedições descritas nos poucos alfarrábios que restaram. Rui Barbosa mandou queimar tudo relacionado à escravidão.
Brasil Império - Em 1851 a lei de n.º 630 inclui a ginástica nos currículos escolares. Embora Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse da história dos negros, preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundárias praticada 4 vezes por semana durante 30 minutos.
Brasil República - Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física.
As políticas públicas - Até os anos 60 o processo ficou limitado ao desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos.
Os anos 70, marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltada para os esportes de alto rendimento.
Nos anos 80 a Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos voltados à sociedade. No esporte de alto rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo contratar atletas funcionários fazendo surgir uma boa geração de campeões das equipes Atlântica Boa Vista, Bradesco, Pirelli entre outras.
Nos anos 90 o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance.
A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito uma profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo.

Educação Física nas escolas

Objetivo TeodoroVisa ao desenvolvimento corporal completo, por meio de jogos e atividades orientadas. Nesta área, o que se pretende é educar corporalmente o estudante, ensinando-o a andar, correr, pular, respirar, alimentar-se etc., conscientizando-o a buscar uma melhor qualidade de vida, além de propiciar a interação social por intermédio dos jogos de equipe.


Gastos de calorias nas diversas atividades esportivas, de ginástica e de entretenimento.

As calorias apresentadas na tabela abaixo referem-se às despendidas, nos referidos exercícios, por minuto. Para saber a quantidade de calorias despendida em seu exercício, é só multiplicar o valor de 1 minuto pelo total de minutos para efetuar o exercício.

ModalidadeCalorias por minuto ModalidadeCalorias por minuto
Mergulho tipo apnéia

17,9

Squash

7.8

Caminhar moderado

3.6

Equitação

6.9

Caminhar acelerado

6.4

Golfe

4.1

Corrida 12km/hora

15,0

Basquete

7.1

Squash

13,7

Beisebol

4.8

Futebol

10,4

Boliche

6.9

Ginástica Aeróbica

8,6

Boxe

15.0

Ginástica Localizada

8,0

Canoagem

11.1

Tênis

8,0

Capoeira

13.0

Dança Social

6,3

Dançar moderado

4.3

Tênis de Mesa

6,0

Dançar vigoroso

5.9

Futebol

8.5

Equitação

6.9

Natação

5,0

Handebol

7.8

Passear de Bicicleta

4,5

Esquiar na neve

9.9

Voleibol

3,7

Esqui aquático

7.4

Hidroginástica

11.1

Jogar peteca

5.3

Ginástica aeróbica

13.6

Pingue-pongue

3.9

Ginástica localizada

14.5

Pular corda

11.1

Musculação academia

15.0

Alongamento

3.3

Tabela baseada nos dados da American Medical Association, Américan College of Sports Medicine e Sociedade Americana de Endocrinologia. Consultoria: Miguel Naveira, especialista em medicina esportiva, Santos (SP).

Gastos de calorias nas atividades do dia-a-dia.

Média de calorias gastas por uma pessoa de 70 kg, por minuto.

AtividadeCalorias por minutoAtividadeCalorias por minuto
Arrumar cama

3.9

Carpintaria

3.9

Consertar carros

4.3

Cortar grama (manual)

4.7

Cozinhar

3.9

Descer escadas

6.9

Dormir

1.2

Escrever sentado

1.8

Espanar pó

2.7

Jardinagem

3.7

Lavar janela

4.3

Ler sentado

1.2

Lavar o quintal

4.7

Pintar parede

3.6

Subir escadas

18.0

Tomar banho

3.2


Fonte: Sociedade Americana de Endocrinologia. Consultoria: Miguel Naveira, especialista em medicina esportiva, Santos (SP).

A arte da dança

Sabe quando você pula de tanta felicidade? Quando você ganha um presente que tanto queria? Quando seu time faz um gol? Quando recebe uma notícia que te deixa radiante de felicidade? Pois é, essa felicidade torna com que o seu corpo se movimenta, e obedecendo a um ritmo interno tornando assim, uma forma de expressar os seus sentimentos.

Assim é a dança, é uma forma de expressão artística coordenada, onde você expressa todos os seus sentimentos, emoções, alegrias e outros, através dos movimentos. Geralmente, a dança com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.

A dança é uma arte, onde existem regras para que saia tudo com perfeição, e também exige habilidades, compromisso e muita dedicação para todos aqueles que fazem parte de alguma forma da dança.
A dança é considerada da arte a mais antiga e completa, pois você cria os movimentos e expressa através do corpo.

A presença da dança na vida do homem, sempre teve uma grande importância, pois o acompanha desde os rituais dos povos primitivos e seguindo até hoje.

Existem algumas danças mais conhecidas são: ballet, tango, samba, valsa, sapateado, bolero e muito mais...
A dança está, e sempre estará em nossas vidas.


O CORPO HUMANO

O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-relacionadas, ou seja, umas dependem das outras. Cada sistema, cada órgão é responsável por uma ou mais atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo instante dentro do nosso corpo, seja para captar energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças ou se manter na temperatura adequada à vida.

Há milhões de anos, o corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar ao ambiente e desenvolver o seu ser. Nosso corpo é uma mistura de elementos químicos feita na medida certa. As partes do corpo humano funcionam de maneira integrada e em harmonia com as outras. É fundamental entendermos o funcionamento do corpo humano a fim de adquirirmos uma mentalidade saudável em relação a nossa vida.


* ESQUELETO

A sustentação do corpo está a cargo do esqueleto, que também fornece, em certos casos, proteção aos órgãos internos e ponto de apoio para a fixação dos músculos. O endoesqueleto é um tipo básico de esqueleto e consiste em inúmeras peças cartilaginosas e ósseas articuladas. Essas peças formam um sistema de alavancas que se movem sob a ação dos músculos.

Função do esqueleto

O esqueleto ósseo, além de sustentação corporal, apresenta duas importantes funções:

Reservas de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Quando o nível de cálcio diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir a deficiência.

Determinados ossos ainda possuem medula amarela (ou tutano), como mostra a figura ao lado. Essa medula é constituída principalmente por células adiposas, que acumulam gorduras como material de reserva.

No interior de alguns ossos (como o crânio, coluna, bacia, esterno, costelas e as cabeças dos ossos do braço e coxa), há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.

Esqueleto: Medula amarela.

Articulação

Os ossos de uma articulação têm de deslizar um sobre o outro suavemente e sem atrito, ou se gastariam. Os ossos de uma articulação são mantidos em seus devidos lugares por meio de cordões resistentes, constituídos por tecido conjuntivo fibroso: os ligamentos, que estão firmemente aderidos às membranas que revestem os ossos.

Divisão do esqueleto

O esqueleto humano pode ser dividido em três partes principais: Cabeça, tronco e membros.

* Cabeça

O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face. Ele é formado por 22 ossos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da sua forma. Esses ossos se encontram ao longo de linhas chamadas suturas, que podem ser vistas no crânio de um bebê ou de uma pessoa jovem, mas que desaparecem gradualmente por volta dos 30 anos.

A maioria dos ossos cranianos formam pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo. Para tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais, occipitais e esfenóides, fundem-se num osso único. Os pares de ossos cranianos mais importantes são os parietais, temporais, maxilares, zigomáticos, nasais e palatinos. Os ossos cranianos são finos mas, devido a seu formato curvo, são muito fortes em relação a seu peso - como ocorre com a casca de um ovo ou o capacete de um motociclista.

Crânio

Crânio.


* Tronco

Formado pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo osso esterno. O tronco e a cabeça formam o esqueleto axial.

Coluna Vertebral

Ou espinha dorsal, é constituída por 33 ossos (as vértebras). A sobreposição dos orifícios presentes nas vértebras forma um tubo interno ao longo da coluna vertebral, onde se localiza a medula nervosa.

Coluna vertebral.

Costela e Osso Esterno

A costela e o osso esterno protege o coração, os pulmões e os principais vasos sanguíneos. A musculatura da caixa torácica é responsável, juntamente ao diafragma, pelos movimentos respiratórios.

A caixa torácica é formada pelas costelas, que são ossos achatados e curvos que se unem dorsalmente à coluna vertebral e ventralmente ao esterno.

A maioria das pessoas possui 12 pares de costelas. Algumas tem uma extra (mais comum em homens do que mulheres). Os dois últimos pares de costelas são ligados à coluna vertebral, não se ligam ao esterno (as costelas flutuantes).

Costela e osso esterno.

*Membros Superiores e Inferiores

Os ossos dos membros superiores e inferiores ligam-se ao esqueleto axial por meio das cinturas articulares.

Membros Superiores

Composto por braço, antebraço, pulso e mão.

O braço só tem um osso: o úmero, que é um osso do membro superior.

O antebraço é composto por dois ossos: o rádio que é um osso longo e que forma com o cúbito (ulna) o esqueleto do antebraço. O cúbito também é um osso longo que se localiza na parte interna do antebraço.

A mão é composta pelos seguintes ossos: ossos do carpo, ossos do metacarpo e os ossos do dedo. Os ossos do carpo (constituída por oito ossos dispostos em duas fileiras), são uma porção do esqueleto que se localiza entre o antebraço e a mão. O metacarpo é a porção de ossos que se localiza entre o carpo e os dedos.

Membros Inferiores

São maiores e mais compactos, adaptados para sustentar o peso do corpo e para caminhar e correr. Composto por coxa, perna, tornozelo e pé.

A coxa só tem um osso - o fêmur - que se articula com a bacia pela cavidade catilóide. O fêmur tem volumosa cabeça arredondada, presa a diáfise por uma porção estreitada - o colo anatômico. Esqueleto humano. A extremidade inferior do fêmur apresenta para diante uma porção articular - a tróclea - que trás dois côndilos separados pela chanfradura inter-condiliana. O fêmur é o maior de todos os ossos do esqueleto.

A perna e composta por dois ossos: a tíbia e a fíbula (perônio). A tíbia é o osso mais interno e a fíbula é o osso situado ao lado da tíbia.

Os dedos são prolongamentos articulados que terminam nos pés. O pé é composto pelos ossos tarso, metatarso e os ossos dos dedos. O metatarso é a parte do pé situada entre o tarso e os dedos. O tarso é a porção de ossos posterior do esqueleto do pé.

Cintura Pélvica

Ou bacia, conecta os membros inferiores ao tronco. Podem distinguir o homem da mulher. Nas mulheres é mais larga, o que representa adaptação ao parto.


AULA DE MUSCULO ESQUELÉTICO


AULA DE CONTRAÇÃO MUSCULAR



ATIVIDADE FÍSICA É SAÚDE


Nos últimos anos, as pesquisas médicas demonstram que boa parte da falta de saúde é causada pela inatividade física.

Através da consciência e de mais informações à respeito de cuidados para com a saúde que inclue maior movimentação corporal, as pessoas estão mudando seus hábitos de vida.

Sabemos que o único meio de prevenir os males da inatividade é permanecer ativo, não durante um mês mas durante toda a vida. Descobrimos que a saúde é, na maioria das vezes, um fator que podemos controlar e que podemos prevenir o surgimento de algumas doenças. Quando nascemos recebemos um corpo saudável e temos o dever de cuidar e zelar por este que é nosso abrigo.


Verifique, a seguir, algumas vantagens que a atividade física proporciona:

- As pessoas ativas tem vida mais intensa, apresentam mais vigor, resistem mais as doenças e permanecem em forma. São mais autoconfiantes, menos deprimidas e estressadas.

- Uma pessoa ativa, tem tendência a ter o seu peso dentro da faixa normal e mantê-lo com mais facilidade e por mais tempo do que a sedentária.

- O ativo apresenta pressão arterial e freqüência cardíaca mais baixa do que o sedentário tanto em repouso quanto em atividade, desta forma, o ativo suporta por mais tempo o exercício enquanto o sedentário tem certas limitações cardiovasculares.

- A pessoa ativa tem maior VO2 (volume de oxigênio pulmonar) e suporta atividades de longa duração com mais facilidade.

- A atividade física melhora a postura e ajuda a combater maus hábitos como o fumo entre outros.
Na ausência de exercícios físicos diários, nossos corpos tornam-se depósitos de tensões acumuladas e, sem canais naturais de saída para essas tensões, nossos músculos tornam-se fracos e tensos. O ideal é praticar atividade física durante toda vida mas, independentemente disto, podemos recuperar uma existência mais saudável e gratificante em qualquer idade.

Mas atenção!
Para vocês que desejam começar a se movimentar, é de primordial importância que façam antes um "check up" das condições cardíacas entre outros testes que comprovarão o seu nível de condicionamento físico (já disponíveis nas boas academias). A partir daí, procure orientação médica juntamente com um profissional da área de Educação Física para assim, iniciar as atividades.

Podemos saber que fazer exercícios físicos com regularidade faz bem, mas esse conhecimento não é suficiente.O importante é FAZER, pois de que serve um conhecimento que não é aproveitado?

ED.FÍSICA "OS PASSOS DA PROFISSÃO"

Educação Física

Educação Física consiste no conjunto de atividades físicas não competitivas e esportes com fins recreativos. Tal atividade e desporto diferenciam-se no seguinte aspecto: enquanto a primeira diz respeito a uma disciplina escolar e a um campo acadêmico, o segundo refere-se às diversas modalidades olímpicas.

No Brasil, a educação física faz parte da grade curricular do ensino médio e fundamental. Essa é uma atividade física planejada e estruturada, com o objetivo de melhorar ou manter o condicionamento físico, ao passo que a atividade física é qualquer movimento do corpo produzido pelo músculo esquelético que resulta em um aumento do gasto energético.

Todos conhecem a importância de fazer uma atividade física. Mas é interessante que essa seja trabalhada com as crianças por meio da educação física, associando-a a educação moral e intelectual. A aula de educação física pode, assim como as outras, ser repleta de conhecimentos que poderão proporcionar vários benefícios.

Os passos da profissão:

1946 - Fundada a Federação Brasileira de Professores de Educação Física.
1950 a 1979 - Andou meio esquecida com poucos e infrutíferos movimentos.
1984 - Apresentado 1º projeto de lei visando a regulamentação da profissão.
1998 - Finalmente a 1º de setembro assinada a lei 9696 regulamentando a profissão com todos os avanços sociais fruto de muitas discussões de base e segmentos interessados.