quinta-feira, 10 de setembro de 2009

PRIMEIROS SOCORROS



QUEIMADURAS

1. Os mais comuns acidentes domésticos
Podem derivar de contatos com fogo, objetos quentes, água fervente ou vapor, com substâncias químicas, irradiações solar ou com choque elétrico. A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e evite ao máximo contaminá-la.

2. O que acontece
As queimaduras leves (de 1º grau) se manifestam com vermelhidão, inchaço e dor. Nas queimaduras de 2º grau a dor é mais intensa e normalmente aparecem bolhas ou umidade na região afetada. Já nas queimaduras graves de 3º grau a pele se apresenta esbranquiçada ou carbonizada e há pouca ou nenhuma dor.


3. Atenção

Se as roupas também estiverem em chamas, não deixe a pessoa correr. Se necessário, derrube-a no chão e cubra-a com um tecido como cobertor, tapete ou casaco, ou faça rolar no chão. Em seguida, procure auxílio médico imediatamente.


4. O que não fazer
4.1. Não toque a área afetada.
4.2. Nunca fure as bolhas.
4.3. Não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário, recorte em volta da roupa que está sobre a região afetada.
4.4. Não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura.
4.5. Não cubra a queimadura com algodão.
4.6. Não use gelo ou água gelada para resfriar a região.


5. O que fazer
5.1. Se a queimadura for de pouca extensão, resfrie o local com água fria imediatamente.


5.2. Seque o local delicadamente com um pano limpo ou chumaços de gaze.
5.3. Cubra o ferimento com compressas de gaze.
5.4. Em queimaduras de 2º grau, aplique água fria e cubra a área afetada com compressas de gaze embebida em vaselina estéril.
5.5. Mantenha a região queimada mais elevada do que o resto do corpo, para diminuir o inchaço.
5.6. Dê bastante líquido para a pessoa ingerir e, se houver muita dor, um analgésico.
5.7. Se a queimadura for extensa ou de 3º grau, procure um médico imediatamente.


6. Queimaduras químicas - o que fazer


6.1. Como as queimaduras químicas são sempre graves, retire as roupas da vítima rapidamente, tendo o cuidado de não queimar as próprias mãos.
6.2. Lave o local com água corrente por 10 minutos (se forem os olhos, 15 minutos), enxugue delicadamente e cubra com um curativo limpo e seco.
6.3. Procure ajuda médica imediata.


7. Queimaduras solares - o que fazer


7.1. Refresque a pele com compressas frias.
7.2. Faça a pessoa ingerir bastante líquido, mantendo-a na sombra, em local fresco e ventilado.
7.3. Procure ajuda médica..
VEJA A FIGURA:



CHOQUE ELÉTRICO


1. O que acontece
O choque elétrico, geralmente causado por altas descargas, é sempre grave, podendo causar distúrbios na circulação sanguínea e, em casos extremos, levar à parada cardiorespiratória. Na pele, podem aparecer duas pequenas áreas de queimaduras (geralmente de 3º grau) – a de entrada e de saída da corrente elétrica.


2. Primeiras providências


Desligue o aparelho da tomada ou a chave geral. Se tiver que usar as mãos para remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou um saco de papel. Empurre a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto seco, não-condutor de corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou bastão de borracha.


3. O que fazer


Se houver parada cardiorespiratória, aplique a ressucitação. Cubra as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo. Se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas elevadas. Se estiver Inconsciente, deite-a de lado. Se necessário, cubra a pessoa com um cobertor e mantenha-a calma. Procure ajuda médica imediata.


4. A ressucitação cárdio-pulmonar


Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito (o chamado osso esterno).
Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.
Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada quinze pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.
VEJA AS FIGURAS



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ENFARTE


1. O que acontece
O enfarte ou ataque cardíaco, mais precisamente chamado de infarto do miocárdio, é a obstrução de uma artéria, impedindo o fluxo sanguíneo para uma área do coração, lesando-a. Ele pode ser fatal, por isso necessita de ajuda médica imediata.


2. O que fazer


2.1. Providencie auxílio médico imediato.


2.2. Deixe o paciente em posição confortável, mantendo-o calmo, aquecido e com as roupas afrouxadas.


2.3. Se houver parada cardiorespiratória, aplique a ressucitação cárdio-pulmonar.
Parada Cardiorrespiratória


1. O que acontece
Em decorrência da gravidade de um acidente, pode acontecer a parada cardiorespiratória, levando a vítima a apresentar, além da ausência de respiração e pulsação, inconsciência, pele fria e pálida, lábios e unhas azulados.


2. O que não fazer


2.1. Não dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la.


2.2. Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não esta batendo.
3. Procedimentos preliminares
Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão. Faça isso sempre com o auxílio de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração.




4. A ressucitação cárdio-pulmonar


4.1. Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito (chamado osso esterno).





4.2. Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.





4.3. Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.


Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada quinze pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.

AFOGAMENTO


Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.


1. Sinais e sintomas


Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas, vômito, distensão abdominal, tremores, cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares. Em casos especiais pode haver apnéia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cardiorespiratória.


2. Prevenção
2.1. Para bebês


Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximos a qualquer superfície líquida.


2.2. Para crianças


Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos.


2.3. Para adultos


Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas.
Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma, se não conseguir escapar deve chamar por socorro.


NUNCA SE DEVE FINGIR ESTAR PRECISANDO DE SOCORRO


3. Primeiros socorros em afogamento
3.1. Objetivo


Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico especializado.


3.2. Meios


Suporte Básico de Vida (SBV) a fim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não invasivas.


NÃO É PERMITIDO AO SOCORRISTA NENHUMA MEDIDA INVASIVA'


3.2. O socorrista


Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista ) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma apnéia, uma parada cardiorespiratória (PCR) e saber prestar reanimação cárdio-pulmonar (RCP).


3.3. O resgate


O resgate deve ser feito por fases consecutivas: observação, entrada na água, abordagem da vítima, reboque da vítima e o atendimento da mesma.

A) Fase de observação: implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate. O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima. Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada.


B) Fase de entrada na água: o socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente.


C) Fase de Abordagem: esta fase ocorre em duas etapas distintas:
C.1.Abordagem verbal - ocorre a uma distância média de três metros da vítima. O socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione de costas habilitando uma aproximação sem riscos.
C.2. Abordagem física - o socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para segurar a vítima , sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água. 


O SOCORRISTA NÃO PODE PERMITIR QUE A VÍTIMA O AGARRE


D) Fase de reboque: o nado utilizado será o 'Over arms' também conhecido como nado militar, ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa. No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso existam surfistas na área, o socorrista deve pedir-lhes ajuda. Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito.


E) Fase de atendimento: nos primeiros socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de diferentes tipos de líquidos (água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes. Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provém do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural, não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações. Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular (TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.


4. Nos Primeiros Socorros de um afogado
4.1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes;


4.2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos;


4.3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos.


5. Outros procedimentos em casos particulares
5.1. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço, da retirada do corpo estranho e da tração mandibular atentando sempre para a possibilidade de trauma cervical.
5.2. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral.


5.3. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido ou inferior a uma hora.


6. Respiração Artificial Boca-a-Boca