segunda-feira, 29 de junho de 2009

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Existem várias metas de prevenção que visam diminuir o risco de desenvolvimento das doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio ou derrame cerebral. Abaixo listamos as principais metas de prevenção cardiovascular.

Tabagismo:

Se você é fumante, parar de fumar diminui muito o risco de ocorrer um infarto do miocárdio. Este risco diminui 50% em dois anos, podendo tornar-se igual ao de alguém que nunca fumou em 7 a 12 anos. O estudo INTER-HEART demonstrou que nos fumantes o risco relativo de um infarto do miocárdio dobra a partir de 5 a 10 cigarros por dia . Este risco aumenta em até oito vezes nos indivíduos que fumam cerca de duas carteiras por dia (40 cigarros por dia).

Alimentação:

Alimente-se de uma forma saudável. Procure ingerir um quantidade de calorias diárias , que lhe ajude a atingir um peso adequado. O estudo INTERHEART demonstrou que a ingesta diária de frutas , verduras e legumes, ajuda a prevenir um infarto do miocárdio. Limite a ingesta de sal em menos de seis gramas ao dia (cerca de seis colheres rasas de chá de sal , ou seja , 4 colheres rasas de chá de sal para o preparo dos alimentos , mais duas colheres de sal próprio dos alimentos ). Evite os alimentos ricos em colesterol ( ingira menos de 300mg de colesterol ao dia), os quais são exclusivamente de origem animal (derivados do leite com alto teor de gordura , gordura aparente das carnes, gema dos ovos, pele das aves, miúdos, embutidos e certos frutos do mar).

Evite também as gorduras saturadas (frituras) e as gorduras trans ou hidrogenadas, as quais são encontradas em alguns produtos industrializados como molhos , sorvetes , bolos e certos biscoitos. Procure ingerir peixe , principalmente os ricos em ácidos graxos omega 3 (sardinha , truta , salmão e bacalhau), pelo menos duas vezes por semana. Os fitoesteróis são substâncias antioxidantes de origem vegetal que podem ser encontradas em margarinas enriquecidas , que são uma ótima opção para substituir a manteiga ou as margarinas com gorduras hidrogenadas.

Procure ingerir alimentos ricos em fibras (cereias , frutas , verduras e legumes). Derivados da soja , grão integrais , nozes , assim como outros alimentos , apresentam efeitos comprovadamente benéficos sobre as gorduras do sangue e a aterosclerose ( leia as páginas sobre alimentos funcionais ).

Sedentarismo:

Faça exercícios físicos regularmente. Recomenda-se a realização de exercícios físicos aeróbicos (andar , correr , pedalar , dançar , nadar e fazer hidroginástica) , pelo menos três vezes por semana (5 a 7 vezes para os indivíduos que precisam perder peso) , por no mínimo 30 minutos , com uma intensidade moderada (ao fazer o exercício você fica um pouco ofegante , mas consegue falar frases inteiras) . As atividades físicas do dia-a-dia (exemplo: caminhar por 15 minutos para ir ao trabalho e mais 15 minutos para voltar do trabalho) , também trazem resultados positivos .

Níveis de colesterol total e frações:

O valor ideal do colesterol total deverá ser inferior a 200 mg/dl.O valor do HDL-colesterol ou "colesterol bom" , deverá ser sempre maior que 40mg/dl (em mulheres e portadores de diabete melito deverá ser maior que 50 mg/dl ) . Quando o HDL-colesterol é maior que 50 mg/dl nos homens e 60 mg/dl nas mulheres , passa a ser um fator de proteção para as doenças cardiovasculares.

O valor ideal do LDL-colesterol ou "colesterol ruim" varia de acordo com o perfil de risco de cada indivíduo. Nos casos de baixo e médio risco deverá ser idealmente inferior a 130 mg/dl , nos casos de alto risco abaixo de 100 mg/dl e nos de casos de muito alto risco , abaixo de 70 mg/dl (exemplo: um indivíduo que já sofreu um infarto do miocárdio e é portador de diabete melito).O valor ideal dos triglicerídeos deverá ser sempre inferior a 150 mg/dl.

Níveis de glicemia (açúcar no sangue):

O valor ideal em jejum deverá ser inferior a 100 mg/dl (abaixo de 110 mg/dl em diabéticos). A hemoglobina glicosilada (HBa1c), exame que analisa o acúmulo de açúcar nos últimos 3 meses , deverá estar dentro dos limites superiores do laboratório , em geral , entre 6,5 e 7 mg/dl.

Sobrepeso ou obesidade:

Um índice de massa corporal (IMC = peso dividido pela altura ao quadrado) inferior a 25 kg/m2 e uma circunferência abdominal inferior a 94 cm nos homens e 80 cm nas mulheres , são as metas a serem obtidas quando o assunto é peso e medidas. Para uma perda de peso , uma dieta hipocalórica (baixas calorias) e a prática diária de exercícios físicos , são fundamentais. A utilização de medicamentos poderá ser útil. A cirurgia bariátrica pode ser indicada para casos selecionados.

Níveis de pressão arterial:

A pressão arterial ótima, para todas as pessoas , seria aquela inferior a 120/80 mmHg. No entanto , em hipertensos não-complicados , valores abaixo de 140/90mmHg são considerados aceitáveis. Nos hipertensos que são diabéticos ou que já apresentem manifestações clínicas de aterosclerose, a pressão arterial deverá ser pelo menos , inferior a 130/80 mmHg. Em hipertensos com perda de proteínas na urina superior a 1 grama por dia (proteínúria) ou portadores de insuficiência renal crônca , estes valores deverão ser inferiores a 125/75 mmHg (leia as páginas sobre hipertensão arterial).

Medicamentos:

Em pacientes de prevenção secundária (com manifestações clínicas de aterosclerose) ou de prevenção primária mais que sejam de alto risco (exemplo: portadores de diabete melito) , a utilização de alguns medicamentos como , as vastatinas (redutores de colesterol) , o ácido acetilsalicílico (inibidor da agregação das plaquetas do sangue) e os inibidores da enzima de conversão (vasodilatadores que diminuem a pressão arterial) , está recomendada. Estas medicações diminuem o risco de complicações cardiovasculares , como angina do peito , infarto do miocárdio e morte.


VIDEO PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES (saiba mais)


CREF 5

SÍMBOLO DA CREF 5

O CREF5 foi criado pela Lei 9.696/98, como uma entidade civil sem fins lucrativos. Realizou sua primeira reunião ordinária na cidade de Fortaleza, no dia 21 de novembro de 1999, sendo esta presidida pelo Prof. Jorge Steinhilber - Presidente do CONFEF, culminando com a eleição da primeira Diretoria, tendo sido o Prof. Antônio Ricardo Catunda de Oliveira eleito por unanimidade como Presidente deste Conselho.


DECISÃO CREF5 001 20

DECISÃO CREF 5/Nº001/2005
DISCIPLINA O EXERCÍCIO DO ESTÁGIO CURRICULAR NOS CAMPOS DA EDUCAÇÃO FISICA, NA JURISDIÇÃO DO CREF5.

A DIRETORIA DO CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA - CREF5, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO a competência legal desta Autarquia, de "cumprir e fazer cumprir as disposições da Lei 9696/98 e no uso de suas atribuições estatutárias conforme dispõe o inciso II e VI do artigo 26,
CONSIDERANDO a normatização adotada pelo CONFEF sobre esta matéria, contida na Resolução n.º024/2000, revogada pela Resolução CONFEF n.º068/2003;
CONSIDERANDO que o estágio de acadêmicos de educação física, obrigatório ou não, é de interesse curricular e pedagogicamente útil, nos termos da Lei nº 6494/77, regulamentada pelo Decreto nº 87.497/82, e pelas Leis nº 8859/94 e 9.394/96 (Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e sua regulamentação;
CONSIDERANDO que a Resolução CONFEF n.º023 dispõe sobre a fiscalização e orientação do exercício Profissional e das Pessoas Jurídicas cujas finalidades estejam ligadas a área da educação Física;
CONSIDERANDO que, é dever legal e função do Sistema CONFEF/CREFs, manter o controle dos serviços e/ou atendimentos aos beneficiários na área da atividade física, esportiva e similares, prestados à população;
CONSIDERANDO, ser finalidade do Sistema CONFEF/CREFs a fiscalização do exercício profissional, conforme instituído no art. 4º, do Estatuto do Conselho Federal de Educação Física, criado pela Lei nº 9.696/98;
DECIDE:
Art. 1º - As pessoas jurídicas de direito privado, órgãos da Administração Pública e as Instituições de Ensino Superior podem aceitar, como estagiários, os acadêmicos de Educação Física regularmente matriculados em cursos vinculados ao ensino público ou particular, e que estejam comprovadamente freqüentando os referidos cursos.
Art. 2º - Os estágios devem propiciar a complementação do ensino e da aprendizagem e serem planejados, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos, programas e calendários universitários, a fim de se constituírem em instrumentos de integração, em termos de treinamento prático, de aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano.
Art. 3º - Os estágios somente poderão verificar-se em unidades que tenham condições adequadas de proporcionar experiência prática na linha de formação dos estagiários, devendo os acadêmicos estarem em condições de realizar o estágio, nos termos da legislação federal que regulamenta a matéria.
§ único -Somente podem receber os estagiários previstos nesta DECISÃO os estabelecimentos públicos ou privados, que prestem serviços nos campos assistenciais da Educação Física, regularmente registrados no CREF5.
Art. 4º - A realização do estágio dar-se-á mediante termo de compromisso celebrado entre o estudante e a parte concedente, com interveniência obrigatória da instituição de ensino superior, conforme prevê a Lei nº 6.494/77, e o Decreto nº 87.497/82, que a regulamentou.
Art. 5º - A jornada de atividade em estágio, a ser cumprida pelo acadêmico, deverá compatibilizar-se com o seu horário escolar e com o horário da parte concedente, sendo que nos períodos de férias universitárias, a jornada de estágio será estabelecida de comum acordo entre o estagiário e o estabelecimento em que venha a ocorrer o estágio, sempre com a interveniência obrigatória da instituição de ensino superior correspondente.
Art. 6º - Compete ao profissional responsável técnico estudante de Educação Física, velar pelo fiel cumprimento dos estágios curriculares, observada a legislação federal sobre a matéria, a normatização específica do CONFEF e suas Resoluções, e o contido na presente DECISÃO.
§ único - Tanto o responsável técnico previsto neste artigo, quanto o profissional que exerça a preceptoria, deverão estar regulamente quite, com as suas obrigações pecuniárias devidas ao CREF5.
Art. 7º - O estágio curricular somente poderá ser realizado com a interveniência obrigatória da Instituição de Ensino Superior, a partir do sexto semestre da graduação, por ser parte do ciclo de matérias profissionalizantes, conforme a Resolução nº 04/83, do Conselho Federal de Educação.
Art. 8º - Quando o estágio curricular for promovido diretamente por Instituição de Ensino Superior - IES, a relação preceptor/acadêmico será de 01(um) preceptor do seu quadro docente para um contingente máximo de até 06(seis) acadêmicos.
Art. 9º - Quando o estágio curricular for promovido por outras entidades/instituições ou empresas estruturadas e legalizadas nos campos das atividades físicas e esportivas, sempre com a interveniência da Instituição de Ensino Superior - IES, a relação preceptor/acadêmico será de 01 (um) preceptor para até 03 (três) acadêmicos.
Art. 10º - Os estabelecimentos de saúde que oferecem estágios deverão manter instalações físicas e estruturais adequadas à experiência prática na linha de formação, estando sujeitos à competência fiscalizatória deste Regional.
Art. 11º - Fica expressamente vedado o exercício de estágio extra-curricular, nas áreas de educação física, na jurisdição do CREF5, sujeitando-se os seus responsáveis às sanções previstas na legislação correspondente.
Art. 12º Esta Decisão entrará em vigor na data de sua promulgação.

SALA DAS SESSÕES DO CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA QUINTA REGIÃO, CREF 5, em 10 de Agosto de 2005.

Antonio Ricardo Catunda de Oliveira
CREF000001-G/CE
Presidente

Dionísio Leonel de Alencar
CREF000029-G/CE
1º Secretario

quinta-feira, 18 de junho de 2009

OBESIDADE

OBESIDADE

Sinônimos e Nomes populares:

Excesso de peso corporal, aumento do peso corporal; aumento de gordura, gordura.

O que é?

Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo.

Como se desenvolve ou se adquire?

Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente sócioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.

A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores.

Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta. O aumento da ingesta pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingesta calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.

O que se sente?

O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.

Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:

Doenças Distúrbios
Hipertensão arterial Distúrbios lipídicos
Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia
Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom")
Diabetes Mellitus tipo II Aumento da insulina
Câncer Intolerância à glicose
Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade
Coledocolitíase Apnéia do sono

Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida (ver a seguir).

Como o médico faz o diagnóstico?

A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura) (ver ítem Avaliação Corporal, nesse site). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:

IMC ( kg/m2) Grau de Risco Tipo de obesidade
18 a 24,9 Peso saudável Ausente
25 a 29,9 Moderado Sobrepeso ( Pré-Obesidade )
30 a 34,9 Alto Obesidade Grau I
35 a 39,9 Muito Alto Obesidade Grau II
40 ou mais Extremo Obesidade Grau III ("Mórbida")

Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela :

Altura (cm) Peso Inferior (kg) Peso Superior (kg)
145 38 52
150 41 56
155 44 60
160 47 64
165 50 68
170 53 72
175 56 77
180 59 81
185 62 85
190 65 91

A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:

Obesidade Difusa ou Generalizada
Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica)
Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.

Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:


Risco Aumentado Risco Muito Aumentado
Homem 94 cm 102 cm
Mulher 80 cm 88 cm

A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.

Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.

De acordo com suas causas, a obesidade pode ainda ser classificada conforme a tabela a seguir.

Classificação da Obesidade de Acordo com suas Causas:

Obesidade por Distúrbio Nutricional


Dietas ricas em gorduras


Dietas de lancherias

Obesidade por Inatividade Física


Sedentarismo


Incapacidade obrigatória


Idade avançada

Obesidade Secundária a Alterações Endócrinas


Síndromes hipotalâmicas


Síndrome de Cushing


Hipotireoidismo


Ovários Policísticos


Pseudohipaparatireoidismo


Hipogonadismo


Déficit de hormônio de crescimento


Aumento de insulina e tumores pancreáticos produtores de insulina

Obesidades Secundárias


Sedentarismo


Drogas: psicotrópicos, corticóides, antidepressivos tricíclicos, lítio, fenotiazinas, ciproheptadina, medroxiprogesterona


Cirurgia hipotalâmica

Obesidades de Causa Genética


Autossômica recessiva


Ligada ao cromossomo X


Cromossômicas (Prader-Willi)


Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl

Cabe salientar ainda que a avaliação médica do paciente obeso deve incluir uma história e um exame clínico detalhados e, de acordo com essa avaliação, o médico irá investigar ou não as diversas causas do distúrbio. Assim, serão necessários exames específicos para cada uma das situações. Se o paciente apresentar "apenas" obesidade, o médico deverá proceder a uma avaliação laboratorial mínima, incluindo hemograma, creatinina, glicemia de jejum, ácido úrico, colesterol total e HDL, triglicerídeos e exame comum de urina.

Na eventual presença de hipertensão arterial ou suspeita de doença cardiovascular associada, poderão ser realizados também exames específicos (Rx de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico) que serão úteis principalmente pela perspectiva futura de recomendação de exercício para o paciente.

A partir dessa abordagem inicial, poderá ser identificada também uma situação na qual o excesso de peso apresenta importante componente comportamental, podendo ser necessária a avaliação e o tratamento psiquiátrico.

A partir das diversas considerações acima apresentadas, julgamos importante salientar que um paciente obeso, antes de iniciar qualquer medida de tratamento, deve realizar uma consulta médica no sentido de esclarecer todos os detalhes referentes ao seu diagnóstico e as diversas repercussões do seu distúrbio.

Como se trata?

O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.

Reeducação Alimentar

Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.

Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental.

Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.

Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.

Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.

Exercício

É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.

O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem:

a diminuição do apetite,
o aumento da ação da insulina,
a melhora do perfil de gorduras,
a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.

O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida" do paciente.

Drogas

A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também medicamentos de marca comercial conhecida. Cada medicamento específico, dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico assistente.

No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.

Como se previne?

Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente.

VÍDEO (OBESIDADE)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A importância da atividade física


Benefícios da atividade física à
Saúde e Qualidade de Vida.



Os exercícios físicos proporcionam inúmeros benefícios vitais às pessoas, por exemplo, melhora do condicionamento físico, ou seja, aumenta-se a capacidade de “trabalhar” do sistema cardio-respiratório, a resistência muscular geral e localizada se desenvolve juntamente com a força, flexibilidade, agilidade, conseguindo com tudo isto um melhor equilíbrio corporal e coordenação motora.
Veja algumas das razões para praticar atividades física:
Emocionalmente ocorre uma melhora, pois ao se exercitar a auto-estima progride, diminuindo lentamente as emoções negativas, melhorando a sua qualidade de vida;
A oxigenação tecidual é elevada, ou seja, o
exercício físico melhora o fluxo sanguíneo levando
mais oxigênio e nutrientes para todas as regiões
do corpo;
O Sono melhora porque a prática de exercício
físico auxilia na manutenção do peso
corporal, contribuindo para que a pessoa durma
melhor e tenha maior disposição vital. As pessoas
muito acima do peso sofrem com a falta de
disposição por não conseguir uma posição
ideal e relaxante na hora de dormir;
Hipertensos (pessoas com pressão alta) com o
auxílio da atividade física conseguem aumentar a
rede de capilares em seus músculos. Assim, o
sangue consegue difundir-se com maior
facilidade reduzindo a pressão como um todo;

Durante o exercício é possível
sintonizar harmonicamente sua mente e seu
corpo, respeitando e conhecendo ainda mais
seus limites;
O exercício físico fortalece o músculo e
aumenta o metabolismo de cálcio fortalecendo
assim os ossos;
Quando nos exercitamos regularmente,
nossos músculos usam proporcionalmente mais gordura que glicose,e isto mantém os níveis
de glicose sanguínea(glicemia) mais estáveis,
diminuindo a fome;
A vida sexual melhora, pois o exercício físico
faz com que você se sinta melhor com seu
corpo, beneficiando sua performance sexual;



A atividade física é importante à todas as
pessoas, independente da idade, porque
proporciona bem-estar, saúde, sociabilização,
gerando uma melhor e maior qualidade de
vida. Obviamente, as pessoas portadoras de
alguma doença como os cardiopatas,
hipertensos, diabéticos, osteoporóticos etc,
acabam minimizando e muitas vezes
solucionando, dentro de suas condições
físicas especiais, seus problemas vitais
através de exercícios físicos bem
orientados e elaborados.

A qualidade de vida portanto, está

diretamente ligada a prática regular de atividade física.


Video ( A importância da ED.FÍSICA )



segunda-feira, 15 de junho de 2009

ESTRESSE

ESTRESSE: Conheça este inimigo.

Dr. Antônio Carlos Barretos e Dra. Rebeca Santos

Dentre as várias definições, o estresse pode ser considerado uma reação física a determinadas questões da vida capazes de alterar o equilíbrio interno do indivíduo. Está ligado a quatro sistemas do organismo humano, o esqueléticomuscular, o imunológico, o gastrointestinal e o cardiovascular. A reação física pode ser determinada pelo cansaço (físico e psicológico), gripe, gastrite, dores no peito, palpitações, e outras manifestações clínicas.

De acordo com o cardiologista Dr. Antônio Carlos Pereira Barretos, o principal fator que provoca o estresse é a sobrecarga no trabalho (acúmulo de tarefas), e a falta de organização e capacidade de distribuir as tarefas e funções. Os problemas considerados sem solução que as pessoas têm no dia-a-dia, também levam ao estresse. "O ideal é quebrar a rotina fazendo outras atividades ou exercícios físicos nas horas de lazer", aconselha o Dr. Barretos. Além do lazer, o Dr. Barretos fala que uma alimentação balanceada, rica em carboidrato e proteína, e pobre em gordura ajuda a prevenir o estresse. A gordura também pode causar outros malefícios para nosso organismo, principalmente para quem não pratica nenhuma atividade física. Doce deve ser evitado, só ingerido de vez em quando. O fast-food e as frituras devem ser substituídos por pratos leves, como frango acompanhado de salada, por exemplo.

Agitação, insônia, descontentamento com as questões do dia-a-dia, péssimo desempenho no trabalho e dificuldade para resolver simples problemas podem ser sintomas de um estressado. Segundo o Dr. Barretos, o especialista sempre ajuda, pois o psicólogo e o psiquiatra levam as pessoas a encontrar um caminho para a resolução de problemas. Mas vale lembrar que, para evitar uma consulta a um especialista, tentar se organizar identificando e resolvendo os problemas por etapas é outra saída.

Entretanto, é necessário explicar a questão do estresse visto como uma doença. O Dr. Barretos afirma que só é caso de doença se o estresse estiver somado a outros fatores de risco, como cigarro, sedentarismo ou má alimentação, podendo então provocar distúrbios cardiológicos. Além disso, como já foi citado, pode causar manifestações clínicas, como gastrite (devido à falta de apetite), dores no peito, palpitação (provocada pela descarga de adrenalina), e outras.

A estatística do estresse no Brasil é uma questão complicada, por não haver dados precisos. Sabe-se que o perfil que ainda lidera é o homem executivo, mas com o aumento de mulheres no mercado de trabalho, cresceu também o número de mulheres que sofrem do mal.

Todo tratamento, incluindo a duração e exercícios recomendados, varia de acordo com cada caso e com o nível de estresse apresentado pelo indivíduo. Segundo a Dra. Rebeca, há grande discussão sobre os exercícios ideais. Para ela, as atividades aeróbicas - caminhada, corrida, natação e bicicleta são mais eficazes. Mas há também um acompanhamento terapêutico, com técnicas de relaxamento, respiração, yoga, meditação, dança, e outras. "A atividade indicada depende das condições de cada paciente. Existem pessoas que conseguem se desligar mais facilmente dos problemas do que outras", fala a psicóloga.

Além do tratamento terapêutico, há a psicoterapia na qual agem em parceria o médico e o psicólogo, para os casos mais complexos. O uso de medicamentos deve ser sempre indicado por um especialista e também varia de acordo com cada caso, podendo ser tranqüilizantes, anti-depressivos, etc. "O tratamento para o estresse visa equilibrar relaxamento e preocupação. Os sintomas podem voltar dependendo das questões do dia-a-dia do indivíduo. Para isto, há uma reorientação", explica a Dra. Rebeca.

Prevenir o estresse não tem nenhum segredo, basta que se tenha uma boa qualidade de vida social, sabendo conciliar a tensão da rotina de trabalho, as horas de lazer e as atividades físicas.

VIDEO (ESTRESSE)



terça-feira, 9 de junho de 2009

MODALIDADES NOS JOGOS OLÍMPICOS



VIDEO ( MODALIDADES NOS JOGOS OLÍMPICOS 2008 )

GINÁSTICA


A ginástica é um esporte que envolve a prática de uma série de movimentos que exigem força, flexibilidade e coordenação motora. Ela se desenvolveu à partir dos exercícios físicos realizados pelos soldados da Grécia antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e habilidades semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas. Naquela época, os ginastas praticavam o exercício nus (gymnos – do grego, nu), nos chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. O esporte só voltou a ser retomado - com ênfase desportiva e militar - no final do século XVIII na Europa com o nascimento da escola alemã de Friedrich Ludwig Jahn - de movimentos lentos, ritmados, de flexibilidade e de força - e com a escola sueca, que introduziu a melhoria dos aparelhos na prática do esporte.

Modalidades

A ginástica moderna, regimentada pela Federação Internacional de Ginástica, incorpora as seguintes modalidades distintas:

Modalidade Principal Evento
ginástica artística
(no Brasil, por vezes chamada de ginástica olímpica)
Olimpíada
ginástica rítmica Olimpíada
trampolim acrobático Olímpiada
ginástica acrobática Mundial
ginástica aeróbica Mundial

Além destas, há a ginástica geral ou ginástica para todos, que nada mais é do que série de exercícios com número elevado de repetições para grupos musculares distintos, com o fim de molda-los ou defini-los anatomicamente falando. A ginástica geral é uma das modalidades ou actividades mais requisitadas nas academias, em especial para atendimento de grupo adultos, que querem melhorar o tônus muscular nas regiões abdominais, parte posterior de membros superiores e também coxa e glúteos.

Ginástica aeróbica, ginástica localizada ou ginástica consiste basicamente em sessões estruturadas de séries de exercícios com número elevado de repetições para grupos musculares distintos, com a finalidade de aprimorar: o tônus muscular, as capacidades aeróbia, anaeróbia, flexibilidade ou o condicionamento físico como um todo. A ginástica é uma das atividades mais requisitadas em academias, em especial para atendimento de grupos adultos.

O termo ginástica origina-se do grego gymnádzein, que significa "treinar" e, em sentido literal, "exercitar-se nu", a forma como os gregos praticavam os exercícios.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

VILLAMAR (CRIADOR DESTE BLOG)

OLÁ, EU SOU VILLAMAR O CRIADOR DESTE BLOG
CRIEI ESTE BLOG PARA "VOCÊ" QUE GOSTA DE ED.FÍSICA E DE ESPORTES FICAR BEM INFORMADO; QUERO DAR MINHA PARCELA DE CONTRIBUIÇÃO PARA UM MUNDO MELHOR ATRAVÉZ DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE,POIS ME SINTO NA OBRIGAÇÃO DE AJUDAR MEUS IRMÃOS COMPARTILHANDO CONHECIMENTOS PRA UMA EDUCAÇÃO E UM MUNDO MELHOR.

CONTO COM VOCÊ NESTA BATALHA!